domingo, 29 de dezembro de 2013

HIRAM: O Faraó



Acontecia, pois (que) a terra do Egito (estava) na aflição, (já que) não havia um Senhor (vida, prosperidade, saúde para ele!) como rei da(quela) época.
-A Contenda de Apepi e Seqenenre (Papiro Sallier I)

APRESENTAÇÃO


A busca pela alegórica Palavra Perdida move e envolve a todo Maçom ávido de esclarecimento. Esta palavra teria sido perdida com a morte do mestre simbólico da Maçonaria chamado de Hiram Abiff, personagem que figura nos livros de Reis e Crônicas do Velho Testamento e que teria chefiado a construção do Templo de Salomão em Jerusalém.
Um ponto de partida para a busca dessa palavra (ou para o que ela simboliza) seria a busca antes, por seu último detentor, mas, os vestígios históricos sobre os ancestrais israelitas são parcos, quase inexistentes, tanto que alguns pesquisadores passaram a interpretá-los como versões da história de outros povos próximos.
Seguindo essa vertente, o Egito dado sua proximidade geográfica e histórica dos israelitas seria um viável candidato para (tentar) corroborar até certo ponto as narrativas bíblicas, logo, haveria no Egito um possível candidato a Hiram Abiff[1] histórico?
Em 1996 os autores Christopher Knight e Robert Lomas lançaram uma obra intitulada de “A Chave de Hiram”, que viria a inovar as teorias acerca de uma possível origem histórica para a Lenda de Hiram Abiff. Valendo-se de algumas descobertas históricas mais recentes e algumas ideias um tanto heterodoxas, propunham que tal Lenda na verdade era uma versão da trajetória de um rei egípcio chamado Seqenenre Tao II.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

HIRAM: O Filho de Hórus



As pirâmides que novamente construíste não me parecem novas, nem estranhas, apenas as mesmas com novas vestimentas.
 - William Shakespeare

APRESENTAÇÃO

A presença de elementos israelitas na Tradição Maçônica é inegável, a começar pela própria Lenda de Hiram Abif que no cerne da Maçonaria Especulativa Moderna figura como elemento principal na ritualística do Mestre Maçom. Entretanto mesmo que parcialmente esta Lenda teria alguma validade histórica?
Ora, as Sagradas Escrituras são antes de tudo textos teológicos e não prioritariamente registros históricos, e como tais, a sabedoria alegórica deve prevalecer sobre o rigor histórico. De fato, exceto por si mesmas, as Sagradas Escrituras carecem de fontes outras que corroborem suas narrativas.
Dada essa carência, mesmo desconsiderando os elementos fantásticos das Escrituras, muitos pesquisadores modernos passaram a questionar a validade histórica do que ali estava registrado. Mas se tais narrativas são de todo inválidas historicamente, o que de dizer se seu maior vestígio ou evidência; o próprio povo israelita?  
Levando em conta esse vestígio ou evidência inegável, uma nova corrente passou a circular numa tentativa de conciliar a história por assim dizer profana e as narrativas bíblicas. As Sagradas Escrituras seriam consideradas ao menos parcialmente válidas, porém, acompanhadas de certo “ruído histórico” que poderia ser no mínimo relevado com apoio de fontes ulteriores.
Com a óbvia proximidade tanto histórica quanto geográfica dos povos israelitas e egípcios os últimos seriam um ideal ponto de partida, e tal iniciativa rendeu frutos. Autores como Ralph Ellis, Robert Lomas e Laurence Gardner guardada as devidas proporções, sugerem que não somente a histórica israelita pode ser suportada com a história egípcia como na realidade seria diferentes versões da mesma história!
Essa corrente estipula que boa parte da história hoje considerada israelita se deu na verdade em contexto egípcio e que seus personagens seriam na verdade figuras da história daquele país. Partindo desse pressuposto, Hiram Abif poderia ser encontrado nos anais da história egípcia?

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

CRONOLOGIA MAÇÔNICA (Até 1717)



968 AC - No seu quarto ano de reinado, Salomão inicia a construção do Templo de Jerusalém, no Monte Moriá, no lugar que ocupava a eira de Orna e Jebuseu, ponto que separava a tribo de Judá e de Benjamim.
960 AC - O Templo de Jerusalém é consagrado. A construção durou 7,5 anos e teve um custo de 4.900 milhões de dólares (Fonte: Dicionário da Bíblia)
925 AC - O Templo de Jerusalém é saqueado pelo faraó Sheshonq (ou Shishak ou Sesac I)
715 AC - O rei de Roma, Numa Pompilio (715-673 AC), funda os Collegia de artesãos que tiveram influência fundamental para as fraternidades e corporações da Idade Média, onde se procura o ponto de origem da Maçonaria. Plutarco somente cita 9 Collegia, entre os quais carpinteiros de obra grossa, mas não menciona os de pedreiros, explicado porque naquela época não existia a divisão do trabalho e nem a especialização. Provavelmente os Collegia já existiam e Numa Pompilio se limitou a autorizá-los. Entre os Collegia, e que foi o único que perdurou, estava o Collegia de Construtores integrado por obreiros fenícios dionisíacos. Este Collegia ocupava a retaguarda das legiões invasoras romanas, construindo caminhos, pontes, fortalezas e edifícios. Atuou durante séculos e, quando por razões políticas (veja 64 AC), dissolveu-se, muitos de seus obreiros refugiaram-se nos montes de Como, reaparecendo como os Magistri Comacini e defendendo a arte arquitetônica em Itália, França, Alemanha e Inglaterra.
598 ou 586 AC - O Templo de Jerusalém é destruído por Nabucodonosor II, rei de Assíria.
536 AC - Ciro, rei dos persas autoriza a reedificação do Templo. A obra é executada por Zorobabel, príncipe de descendência direta de Davi (2o ano de retorno do cativeiro).
515 - No 6o ano do reinado de Dario I, rei dos persas, é concluída a reconstrução do Templo, sendo conhecido como 2o Templo ou Templo de Zorobabel. Tinha menos riquezas para não atrair a cobiça dos povos invasores. A Arca da Aliança já tinha desaparecido.
300 AC - Os arquitetos de Dionísio eram uma associação de homens de ciência que se distinguiam não somente pelo seu saber como porque eles se reconheciam por toques e sinais.
168 AC - Antioco Epifanes IV, rei da Síria (174-164 AC) saqueia e profana o Templo de Jerusalém, manda suspender os sacrifícios quotidianos e oferece carne de porco sobre o Altar e proíbe o culto a Jeová.
165 AC - Judas Macabeu, judeu ortodoxo, restaura e purifica o Templo de Jerusalém, em defesa do nacionalismo judaico, frente às costumes helenizantes trazidas da Grécia.
64 AC - Conforme a Lei Julia, aprovada em 90 AC (Roma) são fechados os Collegia por considerar que poderiam ser convencidos a votar em determinado candidato, convertidos em instrumentos de corrupção política.
44 AC - Herodes, O Grande, rei da Galileia, reconstrói o Templo, que passa a ser conhecido como o Terceiro Templo ou Templo de Herodes. A construção começou no 18o ano do reinado de Herodes. O edifício principal demorou 1,5 anos e os átrios 8 anos, mas o resto da obra somente terminou no tempo de procurador Albino (62-64 D.C.).
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